Qual a data de validade?

Vá até a sua geladeira, e veja qual a validade do leite. Cuidado para não bebê-lo depois de vencido. Agora, vá até a sua adega, e procure pela validade do vinho. O que quer dizer a expressão “válido por tempo indeterminado”?

Talvez você nunca tenha ouvido falar na lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Mas você certamente a conhece, pois trata-se do Código de Defesa do Consumidor.

Pois bem. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, “a oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores”.

Ok. Então o rótulo (ou contrarrótulo) do vinho deve trazer, necessariamente, uma informação a respeito do prazo de sua validade.

Mas que prazo é esse? Quando o assunto é alimento, isso não é estipulado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), cabendo a cada fabricante determinar o prazo de validade do seu produto.

E como fazer para determinar esse prazo? A maneira tecnicamente mais correta é fazê-lo por meio de uma análise em laboratório, chamada teste de vida de prateleira.

Acontece que, com o vinho, há uma particularidade.

Diz o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial): “Como a validade passou a ser uma informação obrigatória e os vinhos evoluem diferentemente uns dos outros, dependendo de sua constituição e forma de armazenagem, os rótulos ostentam a expressão ‘válido por tempo indeterminado’ sempre que embalados em vasilhame de vidro”.

O próprio INMETRO ainda acrescenta: “O risco de perder o produto por um excessivo tempo de armazenagem deve ser convenientemente avaliado pelo consumidor”.

Aí caímos na boa e velha questão de por quanto tempo guardar um vinho, para degustá-lo em seu apogeu, com cuidado para não esperar demais, e acabar ficando com um vinho que “passou do ponto”.

Via de regra, mais de 90% dos vinhos produzidos no mundo devem ser bebidos jovens, em menos de 5 anos após o seu engarrafamento. Os outros 10% podem ser considerados vinhos de guarda. Para ler sobre isso, clique aqui.

Mas fica ainda uma pergunta: Não há um prazo a partir do qual é arriscado, para a saúde, consumir um vinho? No caso do leite, que olhamos lá na geladeira, fica fácil entender qual é o limite de segurança de consumo. Mas, e no caso do vinho?

O vinho vai ficar ruim para o olfato e para o paladar, mas ele não vai estragar como o leite. Isso porque o álcool do vinho evita o crescimento de agentes patogênicos (que provocam doenças direta ou indiretamente).

Ou seja, estar inadequado, ou impróprio para o consumo, como fica o vinho com o excesso de tempo, é diferente de ser perigoso de ser consumido, como fica o leite, depois de vencido.

Para encerrar, que tal saber mais sobre como armazenar seus vinhos, e assim poder degustá-los com mais prazer? Para ler, clique aqui.




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