Degustando o contexto de cada vinho
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- Categoria: degustando
Aroma, textura, sabor, acidez, taninos, persistência, complexidade. A análise sensorial é o núcleo da degustação de um vinho. Mas não é tudo.
Degustar e apreciar um vinho é uma experiência mais ampla, que não está restrita somente aos nossos sentidos, e que envolve contextualização, e experiência pessoal.
Que uva é essa, e onde foi plantada?
Pense no prazer de saborear um vinho produzido com a cepa de maior prestígio no mundo. Essa é uma das satisfações proporcionadas pela Cabernet Sauvignon. E são notáveis as diferenças entre o Cabernet Sauvignon da França, mais terroso e herbáceo, e o da Califórnia, mais frutado. Mesmo assim, podemos encontrar exemplares que, em teste cego, são irreconhecíveis.
Qual a história desse produtor?
Cada garrafa também traz consigo a história de uma vinícola. Esta é uma empresa familiar, ou não? Seus processos são industriais ou artesanais? É nova no mercado, ou tem tradição centenária? Pertence a alguma celebridade? (Para ver uma lista de celebridades que produzem vinho, clique aqui.)
Qual a cultura por trás desse vinho?
Uvas, vinhos e denominações têm história. O vinho da região de Châteauneuf-du-Pape abastecia regularmente a residência papal, durante o século 14. O húngaro Tokaji foi o preferido das cortes reais europeias nos séculos 18 e 19. Os italianos à base da uva Barbera são os mais consumidos no dia a dia do povo piemontês. E Champagne sempre será... Champagne!
Qual a minha história com esse vinho?
O vinho servido no dia do seu casamento ficará para sempre na sua memória? E aquele que seu avô tomava, na sua infância, também? É bem possível que sim, porque relacionamos os vinhos com nossas lembranças de vida. E isso faz com que eles tenham um outro valor para nós, sentimental, pessoal e intransferível. Bons momentos, bons vinhos.
Por todos esses pontos, a avaliação de um vinho sempre traz um caráter subjetivo, que não está ao alcance dos nossos sentidos. Nem dos nossos sentidos, nem dos sentidos de nenhum crítico...
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