Douro
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Essa região, no nordeste de Portugal, é responsável por alguns dos melhores vinhos da Península Ibérica. Bem-vindos ao Douro!
O nome da região deve-se ao Rio Douro, que nasce na Espanha, onde chama-se Duero, e atravessa o norte de Portugal até alcançar o Oceano Atlântico, na cidade do Porto e na Vila de Nova Gaia.
Essa denominação de origem foi oficializada em 10 de setembro de 1756, com a criação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, a fim de impedir fraudes e adulterações nos lucrativos vinhos vendidos, à época, principalmente para a Inglaterra.
O Douro Vinhateiro, ou Região Demarcada do Douro, inclui a Região Vinhateira do Alto Douro, que foi listada, pela UNESCO, como um Patrimônio da Humanidade, desde 2001, na categoria de paisagem natural. Se quiser ler mais sobre esse assunto, clique aqui.
Mas como é, afinal, essa paisagem natural tão bela e monumental, do Douro? Selvagem, agreste, quase desértica, e fortemente montanhosa, com encostas muito íngremes ao longo das margens do rio. As vinhas estão dispostas em terraços estreitos. O clima é notoriamente seco, com invernos longos e verões extremamente quentes.
Vale lembrar que no Douro são produzidos, também, os vinhos do Porto. Se quiser ler mais sobre eles, clique aqui.
O Douro praticamente divide-se entre vinhos fortificados, rotulados como vinhos do Porto, e os vinhos rotulados como DOC Douro, que também são muito célebres, e podem ser tintos, brancos ou rosés.
Os tintos representam 73% dos vinhos da denominação de origem Douro, enquanto os brancos representam 25%, e os rosés apenas 2%.
Os tintos são produzidos a partir de castas nativas, como a Touriga Nacional, a Touriga Franca, a Tinta Roriz, a Tinta Barroco e a Tinto Cão. Apesar de existirem monovarietais, a maioria dos vinhos do Douro é produzida pelo corte de diversas variedades.
Os brancos, que também são predominantemente de corte, costumam ser produzidos a partir das uvas Malvasia Fina, Viosinho, Gouveio e Rabigato.
Tanto os vinhos tintos como os brancos podem ser elaborados para o consumo enquanto jovens, ou para serem vinhos de guarda, quando podem receber o rótulo de Reserva, ou de Grande Reserva, após passarem por testes que os classifiquem como de qualidade elevada, e desde que tenham estagiado em madeira por 12 meses (no caso dos tintos) ou por 6 meses (no caso dos brancos).
Os vinhos do Douro são sempre uma excelente oportunidade para conhecer o imenso potencial de castas nativas. É sempre bom lembrar que, apesar de adorarmos Cabernets e Merlots, o mundo do vinho é muito mais do que isso! Aproveite!
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